Umbuzada Sonora (26, 27 e 28/12/13)

Matéria postada originalmente em 28/12/2013 e atualizada em 29/12/13

O UMBUZADA SONORA chegou em 2013 completando 4 anos com uma ótima notícia: já possui os incentivos necessários para as edições de 2014 e 2015, graças à escolha da festa para entrar para o Edital de Eventos Calendarizados através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O responsável por esta quarta edição do festival que é considerado um dos mais importantes para a música independente do interior baiano foi a tríade formada pela Conspiradoria Projetos e Produções, Maquinário Produções e Coletivo Coletânea, dando ao público local 3 dias de boa música no Centro de Cultura João Gilberto (Juazeiro/BA).

EM 26/12 (QUINTA) a atividade formativa voltada para músicos chamada “Laboratório Instrumental” ocorreu durante todo o dia e finalizou à noite com a apresentação do resultado da empreitada ao público, intitulado “Música Sem Palavra Com Palavra Sem Música - Poesia e Música Instrumental”. Os pocket shows tiveram as participações de Luiz Galvão, Camerata Matingueiros, Juazzêra 4 e Edésio César lá no interior do Teatro João Gilberto.

CASA LOTADA: A galera compareceu em peso para ver as atrações do Umbuzada Sonora
Fonte: facebook.com/umbuzada.sonora

NAS NOITES SEGUINTES a festa foi transferida para a área externa do Centro de Cultura, palco dos grandes shows do festival. A Mal de Dois fez o lançamento de seu segundo álbum, Bipolar, e também fez uma pequena homenagem ao cantor Reginaldo Rossi (falecido há oito dias) com um trecho de “Garçom”, que emendaram com a música autoral “Me Deixou Numa Sexta-Feira 13 de 2013”. No fim, durante um cover de “Todo Carnaval Tem Seu Fim” [Los Hermanos], os integrantes pintaram seus narizes de vermelho e agradeceram aos parceiros da banda; Cobaias, banda formada há 17 anos em Petrolina/PE, mandou o seu recado em seguida com um hardcore punk que finalmente fez o público se agitar. Entre o repertório eles incluíram faixas que estarão no tão aguardado disco a ser lançado e finalizaram com o grande sucesso atemporal “Prazer de Pisar em Você”; No último show de sua Turnê Verão Dezembro (e último do ano), que passou por Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR e Salvador/BA, a banda Maglore aterrissou em Juazeiro e se mostrou bastante satisfeita com a apresentação e o público que tinha as músicas na ponta da língua. Pieto Leal, da Pirigulino Babilake (banda escalada para tocar no dia seguinte), fez uma participação no show; Na vez do principal nome da noite, Adão Negro, a galera foi mais para perto do palco e dançou até o fim. Pietro Leal repetiu a dose e participou na música “Is this Love” [Bob Marley], desta vez acompanhado de Peu Bandeira, da Sóda Solta (banda também escalada para tocar no dia seguinte).

A PRIMEIRA BANDA da última noite do Umbuzada Sonora foi a Sanitário Sexy, que distribuiu simpatia no palco e CDs gratuitos na banquinha. Executaram, todas as faixas de seu EP de estreia, Esbórnias da Vida, e adicionaram ao repertório algumas covers, incluindo uma versão hardcore de "Em Plena Lua de Mel", do 'Rei do Brega' Reginaldo Rossi, mais uma vez homenageado. O trio ainda contou com a participação de Sonny Anderson, da Semivelhos, em duas canções; Sóda Solta foi uma das bandas revelações da cena sanfranciscana em 2013 e no festival não deixaram a vibe positiva mudar de frequencia. Cativaram a todos com o seu reggae, iniciando e finalizando o show com o seu maior sucesso, "Pedrão Está na Bad". Fizeram uma bela versão de "Pra Fazer Chá", da Matingueiros, passando anteriormente por "Vem Me Regar" [Edson Gomes] e "I Wanna Love You" [Bob Marley], entre muitas outras; A noite seguiu com os soteropolitanos da Pirigulino Babilake em uma apresentação dedicada a um grupo formado no final dos anos 60 na mesma cidade deles: os Novos Baianos, cujo principal letrista, Luiz Galvão, esteve presente no palco para abrilhantar a festa; Vindo também de Salvador/BA, Magary Lord encerrou a quarta edição do Umbuzada Sonora com muito suingue, numa mistura pop de diversos ritmos latinos e africanos, passando pelo samba, reggae e axé numa black music batizada de "black semba".

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