Festival Umbuzada Sonora [2012]

A CADA ANO o Umbuzada Sonora, de Juazeiro/BA, vem se consagrando como um dos melhores festivais baianos para a música independente, uma grande oportunidade para o público local conhecer os shows de outras cenas e dos músicos locais trocarem experiências e se lançarem neste circuito em constante movimento. Realizado nos dias 10 (sábado) e 11 (domingo) de novembro de 2012, esta terceira edição repetiu o sucesso dos anos anteriores e lotou o Centro de Cultura João Gilberto com um público bastante variado, refletindo o line up diversificado.

 OS INGRESSOS CUSTAVAM apenas quatro reais e estudantes ainda tinham direito a meia-entrada para o evento, que foi marcado para as 18 horas mas que começou somente às 19h40 em ambas as noites. O atraso beneficiou de certa forma as bandas de abertura, que puderam tocar para uma plateia não muito pequena, como foi o caso da Bazzara no sábado em um show de promissoras composições autorais que deverão entrar em seu primeiro disco oficial, prometido para janeiro de 2013; Tio Zé Bá conseguiu agitar um pouco mais o público crescente e defendeu o livre acesso à Ilha do Fogo (local entre Petrolina e Juazeiro que foi recentemente tomado pelos militares), discurso que virou uma constante em quase todas as apresentações seguintes. Cascadura, como seu show "Aleluia", mostrou as músicas de seu mais recente álbum (prestes a ser lançado) mas não esqueceu de suas canções mais marcantes, para a felicidade dos fãs; Curumin musicou o grito de "a Ilha do Fogo é nossa" puxado pela público e incluiu "Doce" no repertório para combinar com o tema, música que inicialmente não estava prevista para ser tocada. Voltou para um bis e encerrou a noite com uma explícita satisfação.

NO DOMINGO FOI a vez de Cabelo de Serpente (pela segunda vez no Umbuzada Sonora) e Mundamundistas abrirem a noite, bandas com um grande leque de influências que enriqueceram o festival. Dois shows diferentes mas intimamente iguais e de originalidade ímpar. A Mundamundistas lembrou novamente da Ilha e dedicou todo o seu repertório à causa, na esperança de que algo se resolva em favor do clamor do povo; Scambo, com uma calorosa e emocionante apresentação que tinha o auxílio do público como segunda voz, quase não conseguiu deixar o palco e voltou com um bis democrático aonde pediu que os fãs escolhessem as derradeiras; E o final com Orquestra Contemporânea de Olinda manteve o clima quente fazendo muita gente se sentir no verdadeiro carnaval olindense. Curioso foi quando uma roda de ciranda se formou sem que ninguém precisasse pedir, lembrando as edições anteriores do evento aonde a mesma cena podia ser vista.

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