Raiz e Remix Festival exalta a diversidade

Texto também publicado no www.coletanea3.com. Veja AQUI.

A EXPECTATIVA ERA grande para esta 5ª edição do Raiz e Remix Festival, evento que cresce a cada ano e em 2010 trouxe China para comemorar esta meia década de existência.

INICIANDO ÀS 19 horas da sexta, dia 27/08, o parque Josepha Coelho recebeu a Feira Multicultural que trazia artesanato, moda e comidas típicas, além de cortejos de cultura popular. Logo ali, no pequeno palco da Feira, a banda Inmorais (agora reformulada) tocou seu pop/rock e o Crooneres Decadentes (projeto introspectivo de um homem só) apresentou as suas canções para o público que ainda começava a chegar. Samba de Véio estreou o Palco Principal, que logo em seguida contou com Rukha em um show que mostrou músicas que pareciam versões de si mesmo, como uma banda reinventada. Parando o som no centro do parque, a tenda eletrônica ligava as suas luzes e os Djs Ganeshx, Mangue Boy, Hipotyc e Jhow chamavam a galera para a vibe; e consecutivamente, no palco alternativo, Paulo Soares e a Terceira Cidade e a banda Overdrive PUNK HC (que detonou tudo) não deixavam o público sem opções. A pernambucana Isaar, já com dez anos de carreira e principal atração da primeira noite, soltou a sua linda voz que é uma das mais peculiares da recente música brasileira – e ao final o público pediu quase como uma prece que ela cantasse um bis. O maior e mais animado público, contudo, foi o da Matingueiros, que quando pedem para a ciranda se formar nunca tem o seu pedido negado.


NA NOITE DO DIA 28 a atração não anunciada Fogo no Munturo fez as boas vindas no Palco da Feira, assim como o grupo Maracatu Baque Opará; e Paulo Soares e a Terceira Cidade iniciou as atividades no Palco Principal com o seu elogiado show (Samba System, que inicialmente foi anunciado, não pôde comparecer). Na sequência, Tio Zé Bá e Apocalypse Reggae mostrou seu trabalho conseguindo encaixar ska e até influências de rap. Os DJs Panzarini, Phat, Bruno Sobreira, Freakids e Vibe comandavam a tenda eletrônica (que teve até b-boys) e simultaneamente no palco alternativo a Vhyvid levava ao delírio o seu grande e apaixonado público jovem, naquela que foi uma das surpresas da noite. Ainda ali se apresentaram A Cúpula e Maggica para uma platéia extasiada e que clamava por algo mais pesado. China fez ferver o Palco Principal em seu show intenso e performático, mostrando músicas inéditas que entrarão em seu novo CD e outras já bastantes conhecidas do grande público que se fez presente. Nos bastidores, o frontman elogiou o festival e confessou ter se surpreendido ao ver os petrolinenses cantarem suas músicas com as letras na ponta da língua. Andranjos também tocou composição inédita e surpreendeu, fechando com peso a festa - e certamente os espectadores teriam permanecido se os shows ali continuassem. O Raiz e Remix 2010, enfim, foi um sucesso total e só nos deixa tristes com uma única coisa: ter que esperar um ano para a próxima. E que venha a 6ª edição!

Postagens mais visitadas