Festival Pernambuco Nação Cultural 2011: Palco Garagem
NA SEXTA AS atividades se iniciaram com quase uma hora de atraso e a Cabelo de Serpente foi a banda que inaugurou o palco. O show lembrou o que eles fizeram há quase 3 meses atrás no Moto Chico, já que o local era o mesmo e além de serem uma das primeiras bandas, tiveram que tocar para um público tímido que chegava aos poucos; A banda Carrancudos mostrou toda a sua experiência adquirida ao longo dos 12 anos de estrada e algumas músicas novas, incluindo a inédita "A Cada Manhã" (ainda lembra o Moto Chico); A próxima foi a Andranjos (1), que planeja a gravação de seu segundo álbum, O Fim do Silêncio, para o mês de outubro. Em excelente forma, foram os que mais agitaram a sexta-feira, fazendo um show bastante convincente; A Matheus XV (2) chegou com toda a sua virtuosidade e um "trabalho novo", como definiu a nova vocalista Fabiana Santiago, conseguindo arrancar muitos aplausos com as canções do primeiro disco, de 2007, e três músicas novas; E para finalizar a noite tivemos os recifenses da Zé Povinho com a sua salada musical e as humoradas composições sarcásticas de Kid Andrade.
O PALCO GARAGEM viu muita atitude no sábado começando pontualmente com Cobaias, lendária banda punk regional que ressuscitou há poucos meses e fez o seu terceiro show após o hiato de alguns anos; O punk continuou com a Overdrive (3) e sua fase mais pesada, mostrando um show de presença de palco marcante com direito a destruição de um computador palco abaixo na faixa “Tecnologia”; Logo depois foi a vez de todo o post-hardcore e screamo da banda Reliving, que gerou polêmica devido a alguns que estavam presentes e não curtiam o estilo, mas o apresentador Júnior Souza soube ressaltar as qualidades da banda e de seu vocalista Fissú, que foi aplaudido ao final; Depois que a Crematorium (4) começou a tocar o público em frente ao palco se multiplicou, e a porrada no ouvido que eles proporcionaram gerou rodas punk animadas em um dos melhores momentos da noite; e como última atração Petrolina recebeu Zé Brown (5), que misturou sons nordestinos com o rap agitando o fim de noite. O rapper interagiu bastante com o público enquanto b-boys faziam seus movimentos em pleno chão de asfalto.
Texto: Giuseppe Menezes | Fotos: Giuseppe / Joci Staley